Nossa Filosofia

Filosofia Bíblica de Ministério

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito para que todo aquele que crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.João 3:16.

“Portanto, ide e fazei discípulos…” Mateus 28.18

“A vontade de Deus é que homens e mulheres perdidos sejam encontrados reconciliados com Cristo, tornando-se membros responsáveis da igreja de Cristo”.

Charles Van Engen
CHARLES VAN ENGEN
Professor de missões na Escola de Missões Mundiais do Fuller. Theological Seminary.

Introdução

“Quem Salva é Só Jesus”, esta frase, que é tema de um antigo hino, foi cantado com muita alegria, pela igreja, quando o Presbitério de Curitiba, no culto de Organização da Segunda Igreja Presbiteriana de Curitiba, em 09 de Agosto de 1958, que mais tarde teve seu nome alterado para Igreja Presbiteriana da Silva Jardim. Portanto, nossa igreja completa, em 2021, 63 anos de organização com liderança própria e 95 anos de vida, pregando o evangelho de Jesus Cristo, batizando os conversos, ensinando a Palavra de Deus, formando pastores e plantando igrejas.
De confissão Reformada Calvinista, somos uma Igreja que se dispõe a oferecer para a cidade de Curitiba, zelo pela doutrina reformada, amor aos perdidos, comunhão aos conversos, fraternidade aos irmãos membros das demais igrejas evangélicas e ambiente missionário para fomentar a proclamação do Evangelho de Jesus Cristo.

Valores de Crescimento da Igreja

Quando pensamos em crescimento da igreja consideramos alguns pilares ou colunas que devem estar presentes para que o crescimento seja suportado, consistente e contínuo.
Estas colunas são como vigamentos sólidos que devem ser erigidas conjuntamente, senão o crescimento pode sofrer danos por falta de estabilidade. Se envidarmos esforços no evangelismo e não atendermos, por exemplo, o discipulado, este crescimento que vem deste esforço irá cessar por não ter mais pessoas preparadas para o evangelismo.
Estamos elegendo cinco áreas da dinâmica da igreja como colunas que irão oferecer um crescimento integral à igreja.

I – Adoração: “Eu sou o Senhor teu Deus…” Êxodo 20

Cremos na Comunidade dos Santos e na Assembleia dos eleitos de Deus, que O celebram enquanto caminham.

Entendemos que a adoração, como estilo de vida do Povo de Deus, encontra sentido no próprio Deus. Assim, na individualidade, desenvolve a piedade; na família, celebra a Deus; e na Comunidade, expressa a presença graciosa Dele no meio de Seu Povo.

Queremos uma Comunidade que, nos ajuntamentos, expressa sua vida com Deus.

Adoração Pessoal: “Anda na minha presença e sê perfeito” – Gn 17.1b.

Desejamos uma igreja que compreende a importância de tornar a adoração um ato contínuo e pessoal. O chamado de Abraão culminou em um estilo de vida peregrina, mas segura. Embora não soubesse para onde ia, sabia quem o conduzia.

Abraão aprendeu a obedecer e a confiar em Deus enquanto O celebrava na vida. Na sua peregrinação construía os altares a Deus.

Numa cultura de relativismos e constantes mudanças, queremos fortalecer este vínculo de pertença e segurança que provém do relacionamento pessoal de devoção.

Adoração Familiar: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor” – Josué 24.15.

Esse relacionamento pessoal com o Senhor deve ser estimulado a alcançar o núcleo familiar. Nesse sentido, nosso desejo é contribuir e caminhar com cada família, a fim de que estas reservem momentos específicos de adoração.

Compreendemos que Deus requer do  Seu povo o reconhecimento de Sua Grandeza e infinito amor. Assim, estimulamos nossos líderes a incluírem, na agenda familiar, tempos de celebração do Senhor, de forma a construir uma espiritualidade familiar de adoradores.

Celebrar o Senhor na vida familiar é, para as crianças, um valor estruturante na sua vinculação com a vida. Para os adolescentes, favorece a auto estima e o equilíbrio em tempos de mudanças. Em relação aos pais, dá segurança para enfrentar os desafios da vida familiar, mantendo os valores da fé em uma sociedade de relativizações e desvalores. Para os idosos, renova a esperança no Deus que nos sustenta rumo à Jerusalém Celestial.

Adoração Comunitária: “…eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono…” Isaias 6.1-8        

A igreja reflete esta dinâmica pessoal e familiar em seus ajuntamentos públicos. O culto, como preparo para a Missão, celebra o Deus que caminha com o Seu povo.

Desejamos expressar, em todas as reuniões comunitárias, nossa fé diante de Deus. Embora de modo solene, valorizamos a espontaneidade do louvor, que deve ser feito com fervor e leveza diante do Senhor.

Ao expressar nossa adoração, desejamos fazê-lo com inteligência e amor, a fim de que, à medida em que somos acolhidos por Deus, acolhemos os que se aproximam de nossa caminhada. Amados por Deus, amando aqueles que o Senhor nos dá.  Adoração que se reflete no louvor que tributa honras e glórias ao Deus que fez e faz proezas.

A adoração comunitária deve contemplar a história e deve ser  Cristocêntrica. Ou seja, deve levar em conta os atos salvívicos de Deus na história e a Revelação no Deus Filho Ressurreto. Enquanto adoramos, o Santo Espírito manifesta a Palavra do Senhor ao Seu povo.

A liturgia deve refletir as diversas ações de Deus no meio do Povo e contemplar as necessidades cotidianas do povo perante Deus.

Desejamos reuniões cúlticas que expressam a alegria cristã e um forte sentimento de pertença ao Senhor.

Buscando uma profunda experiência com Deus Trino

  • genuíno quebrantamento – sem formalismo
  • Compromisso com o Senhor – sem legalismo
  • Revela-se no louvor – sem esquizofrenias

“culto na vida e vida no culto”

II – Comunhão – “Amados, amemo-nos uns aos outros…”

A Koynonia Cristã não está estabelecida apenas nas relações fraternais ou sanguíneas. De igual forma, não são os laços de amizade ou mesmo a proximidade geográfica que determinam os vínculos dentro da Comunidade Cristã.

Isso porque, embora se reconheça que tais fatores podem facilitar a aproximação, não sustentam, por si só, a Comunhão.

Muitos ventos de práticas eclesiásticas trazem desafios para a manutenção da comunhão cristã. Vivemos tempos em que os laços se desfazem com facilidade e o distanciamento se estabelece.

A agenda tem sido um dos fatores que tem impedido a aproximação. Ocorre que a falta de tempo, aliada às diferenças comportamentais, familiares e profissionais tem dificultado a comunhão. Ainda, o nominalismo e um forte apego à denominação tem estabelecido barreiras entre os cristãos. Fato é que diversos fatores têm dificultado a caminhada em comunhão.

Ocorre que, o que aproxima e une os cristãos não está entre nós. Não há nada, num primeiro momento, que o ser humano venha a fazer para estabelecer a Comunhão Cristã, já que esta está enraizada na unidade com a Trindade a partir de Jesus. É nossa pertença em Jesus que nos vincula um ao outro. Em Cristo, isto é, no amor de Cristo, somos inseridos na comunidade cristã e desfrutamos da comunhão.

Em Cristo pertencemos à Comunidade dos Santos e desfrutamos do amor de Cristo mutuamente. Amor partilhado. Amor vivenciado. Amor encarnado.

A comunhão só é possível porque Cristo, no seu sangue, nos une ao outro. A unidade em Cristo é revelada no modus vivendis da Comunidade Cristã. É na comunhão e no estilo de vida que partilhamos que a unidade em Cristo se revela.

Daí se afirmar que os laços que nos aproximam não dependem de nós, cristãos, mas desta pertença em Cristo. É Cristo que nutre a comunhão e vincula a comunidade dos salvos. Em Cristo desfrutamos do amor que provém da Trindade, que é una.

Dito isso, embora dependa de Cristo, a Comunhão é responsabilidade de todo o cristão. Somos chamados a vivenciar esta relação de interdependência e amor.

Em Cristo, todos os homens, mulheres, crianças, idosos, adolescentes e bebês são irmãos. Independentemente da raça, cor, nacionalidade, estado civil ou denominação, desfrutamos do mesmo amor e estamos ligados pelo mesmo Espírito em Cristo. Necessário, portanto, que permaneçamos, em Cristo, unidos uns aos outros em comunhão fraternal.

A Bíblia trata a Igreja como Família de Deus. E é nesse núcleo que Ele derrama do seu amor em nossos corações, tornando-nos seus filhos e filhas, e, em Jesus Cristo, fazendo-nos irmãos e irmãs.

Somos chamados para esta grande família espiritual que o nosso Pai Celeste constituiu sob a face da Terra – a Comunidade de Fé.

A base da unidade cristã que sustenta a comunhão é o amor. Amor que vem da natureza de Nosso Pai Eterno, que é amor em sua essência. Falar em comunhão sem amor é como falar de família sem cuidado, de casamento sem intimidade, de igreja sem fé, de cristão sem Cristo. Impossível.

Nossa comunidade tem sido desafiada a, a partir de um coração cheio de Cristo e Sua graça, construir relacionamentos profundos de amor, a fim de superarmos as limitações e aprendermos a nos tornar vulneráveis pela força do amor oferecido ao outro.

Almejamos e trabalhamos para que nossa Comunidade reflita o amor do nosso Deus a partir do nosso amor partilhado e vivenciado.

Aprofundar relacionamentos de amor

  • Preservar a unidade da igreja   
  • Fortalecer os vínculos de fé
  • Vivenciar a interdependência

Comum + Unidade  = “vida de amor”

III – Discipulado – “Ide, portanto, fazei discípulos…

É na comunidade de fé que os valores são apreendidos e firmados. Compreendemos que a Igreja é responsável pela transmissão dos conteúdos da fé em meio a um ambiente favorável para o crescimento e amadurecimento da vida cristã.

O Ensino se dá na comunidade por, pelo menos, duas modalidades: a formal e a informal.

Discipulado Formal:

O ensino cristão requer uso de recursos que facilitem o aprendizado.    Ante o distanciamento cultural da revelação bíblica com a vida pós-moderna, é nossa tarefa encontrar meios que, de forma didática, organizada e programática, ofereçam ao novo crente a compreensão e apreensão dos conteúdos da fé. Ocorre, assim, o ensino Intencional e diretivo por meio dos programas internos que a igreja desenvolve.

São eles:

  1. Escola Dominical: Este é um ministério da Igreja que vem recebendo investimentos para oferecer um estudo formal. É na Escola Dominical que temos a oportunidade de incutir na família cristã, desde o menor até o maior, os valores da fé, abordando os grandes temas bíblicos, doutrinários e missionários. Com pessoas capacitadas e treinadas como professores, em pequenos grupos, por faixa etária distinta, a Escola Dominical aborda os mais diversos temas da vida cristã com criatividade, profundidade e relevância.
  2. Discipulado: Processo que se constrói na caminhada o caráter cristão, com em estudos individuais trata-se de questões da vida, a partir da teologia bíblica, aprofundando em  temas específicos na vida do discipulando, a fim de transmitir-lhe os valores da fé no relacionamento pessoal.
  3. Treinamento de Liderança: tem por objetivo identificar e desafiar os membros maduros ao envolvimento na estrutura de liderança da igreja, aproveitando seus potenciais e habilidades para servir ao Senhor na Comunidade.
  4. Formação Pastoral: Aproveitando a Faculdade Presbiteriana – Fatesul, desafiamos os vocacionados ao estudo teológico, enquanto desenvolvem seus ministérios e aprimoram seus dons no seio de nossa igreja. Por meio da supervisão pastoral e acompanhamento pessoal, a Igreja tem contribuído para a formação de novos pastores com perfil de plantadores de igreja.   

Discipulado Informal:

Compreendemos que a Igreja, como Família de famílias, tem a responsabilidade de formar e forjar o caráter cristão. Assim, além dos recursos acima mencionadas, isso também deve ocorrer de modo espontâneo e vivencial, por meio de encontros e relacionamentos. À semelhança da família, onde cada membro assume a responsabilidade para com todos, na Igreja cada membro é responsável pelo crescimento mútuo. É um valor da própria existência em comunidade.

A convivência das famílias nessa riqueza de experiências múltiplas favorece novos conhecimentos e amadurecimento emocional que vão delineando e firmando valores para a vida cristã.

Entendemos que a Liderança, que quer ser pastoral, deve aproveitar estes recursos inerentes à Comunidade e fortalecer, através de agendas específicas este ensino informal.  

Cristo na vida

  • Transmitir valores, princípios do evangelho todo, buscando forjar o caráter de Cristo nas pessoas;
  • Dar conteúdos Bíblicos e teológicos para uma inteligência da fé;
  • Promover a leitura adequada da realidade vivenciada à luz das Escrituras;

“vida Crística”

IV – Serviço – “Como eu vos fiz, façais vós também…”

É missional todo o labor da igreja. Todo o esforço da Comunidade Cristã é prestar serviço a Deus. Nossa cidade é atraente e oferece muitos recursos para as famílias que aqui habitam. Todavia juntamente com esta beleza e crescimento há também  um contexto de pobreza, miséria e violência.

Entendemos que anunciar o Reino de Deus em Curitiba implica, necessariamente, em encarnar e assumir suas debilidades e fraquezas para revelar a graça e o poder do Evangelho de Jesus Cristo.

Dentro de um conceito de Missão estamos agindo em algumas frentes que elegemos para atuar com a praticidade do evangelho. Pregar o evangelho a partir das necessidades humanas oferece maior compreensão e sentido àqueles que se expõem ao mesmo.

V – Evangelização e Missão –“Por que Deus amou o mundo de tal maneira que enviou seu filho Unigênito…”

A frase “Quem Salva é Só Jesus” define objetivamente como esta igreja compreende a importância da proclamação. A Missio Dei é a base da missão. Compreendemos que Deus está em missão. Ele continua enviando os Seus ao mundo, despertando vocações, soprando o Santo Espírito sobre seu Povo, convertendo corações e transformando vidas que o Glorifiquem. Assim, a igreja contribui com a Missão de Deus.

A natureza da Igreja é missionária. Deus está em missão no mundo. Deus enviou o Seu Filho para o mundo porque ama o ser humano. A igreja é sinal deste amor ao mundo. Enquanto povo de Deus, a igreja é responsável pela proclamação desta graça em Jesus Cristo.

Cada crente tem a responsabilidade de viver sua vida como testemunho ao mundo do amor de Deus em Cristo. A família assume sua responsabilidade no testemunho e proclamação do amor de Deus. A Igreja é a agência de Deus que treina, prepara e envia os cristãos ao mundo. Cabe, portanto, a nossa comunidade exercer sua missão naquilo para o qual foi chamado.

Nestes 62 anos esta igreja atua fortemente na cidade primeiramente se estruturando na missão e consistentemente plantando novas igrejas. Através da formação pastoral, preparo de lideranças e envio esta igreja atua na sua tarefa evangelizadora e missionária.

Plantação de Igrejas

Com projetos próprios e parcerias a Igreja Presbiteriana da Silva Jardim está comprometida, desde sua organização, em expandir o presbiterianismo na região do Sínodo de Curitiba. Oferendo obreiros, iniciando novos campos e contribuindo financeiramente, compreendemos o grande desafio de acompanhar o rápido crescimento da população da região metropolitana de Curitiba, envidando todos os esforços para que a fé reformada seja vivenciada em novas igrejas, e que o nome do Senhor Jesus seja glorificado em todas as cidades sob jurisdição do Sínodo de Curitiba, através da plantação de novas igrejas Presbiterianas.

Missões Transculturais

Estabelecemos parceria com a Agencia Presbiteriana de Missões Transculturais – APMT, braço missionário da igreja, com a qual atendemos as famílias de missionários nos continentes.

Vida de Proclamação

  • Propagar a mensagem transformadora do Evangelho a todos, especialmente aos pobres;
  • Utilizar todos os recursos disponíveis pra que a Palavra de Deus encontre os que hão de crer;
  • Empreender esforços para que cada cristão assuma sua responsabilidade de evangelista.

Proclamação na vida

Liderança da Igreja

Cremos no sacerdócio de todos os santos, porquanto todos são chamados e vocacionados para exercer seu ministério no seio da igreja. Através dos dons e talentos o Senhor chama para a edificação de Sua igreja homens e mulheres.

Entendemos que a liderança da igreja esta proposta a todos os homens que sinceramente amam ao Senhor, sentem-se vocacionados para administrar, preparar e equipar a igreja nas suas mais diversas áreas. Atuando com amor e ardor na vida de  irmãs e irmãos que o Senhor agrega na comunidade de fé.

Resguardando os valores que irmãos e irmãs do passado nos legaram, olhando para o futuro, construímos o presente firmados no fundamento da igreja, Jesus Cristo o Senhor da igreja.

Liderados, liderando…

  • De forma partilhada e participativa
  • Respeitando ao passado
  • Tendo visão de futuro  
  • Agregando os que chegam
  • Construimos nossa história.

Tarefa Pastoral

O labor pastoral se desenvolve numa relação de cuidado e amor, oferecendo para as famílias ações e interferências que promovem os valores da fé; descobrindo e envolvendo na missão da igreja aqueles que sinceramente querem ao Senhor servir.

Conclusão

Diante dos desafios da cultura urbana, desejamos ser uma igreja firmada na Palavra, sustentando os valores da fé reformada, que se revela quebrantada diante do Senhor, amorosamente envolvida com a família da fé e servindo ao Senhor no mundo proclamando que

Quem Salva é Só Jesus